Uma estrutura modesta incorporada à paisagem rural de Wisconsin, esse retiro íntimo serve como um estúdio para um músico country escrever e gravar suas músicas.
Com sua disciplina formal, detalhes minuciosos, e uma palheta de materiais cuidadosamente contida, essa construção, enquanto assumidamente contemporânea, continua a tradição da arquitetura pastoral do centro-oeste estadunidense e seu legado orgulhoso de uma sobriedade estética, funcional e bastante artesanal.
Um pódio de concreto, construído em uma colina íngreme, e que assim fornece espaço de armazenamento, suporta uma volume simples e linear para o espaço do estúdio, com seus lados longos e revestidos por uma pele de aço cortén. Grandes aberturas envidraçadas nas duas extremidades do estúdio dão acesso ao espaço interior e ao telhado verde do pódio de armazenamento, enquadrando cuidadosamente vistas do entorno pitoresco.
O aço cortén envolve as bordas do volume e cria uma varanda coberta, uma extensão do espaço interior do estúdio. Ao longo de suas margens, a pele é levemente descolada da base de concreto, expondo uma abertura estreita e translúcida, que faz com que o volume aparentemente flutue. Durante o dia, essa abertura fornece luz natural ao espaço de armazenamento, e a noite, emite seu brilho suave na paisagem escura.
Os materiais utilizados –concreto aparente, aço, vidro e madeira – são de origem local e escolhidos por sua capacidade de envelhecerem graciosamente. A cor quente de ferro em corrosão que ecoa os tons das máquinas deixadas para trás nos campos de uma fazenda abandonada, torna essa pele uma tela em constante mudança. Imperfeições da liga, superfícies oleosas, marcas da industrialização, todo o processo deixa traços individuais no material, que é justaposto à rigorosa geometria e contenção formal do edifício com um verniz teimosamente imprevisível.